Marido confessa feminicídio após filha desconfiar de versão sobre morte da mãe em Gurupi
Suspeito manteve corpo da vítima por 24 horas dentro de casa antes de enterrá-lo em área de mata no Tocantins.
O corpo de Maysa Rodrigues Fernandes Cardoso, de 35 anos, foi localizado em uma área de mata em Gurupi, no sul do Tocantins, após a filha do casal, de 18 anos, desconfiar da versão dada pelo pai sobre a morte da mãe e acionar a Polícia Militar. O marido, Cleófas Rodrigues, de 41 anos, confessou o crime aos policiais e foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver na quarta-feira (3).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o investigado já possui antecedentes por violência doméstica contra a vítima. Os três filhos menores do casal teriam visto o corpo da mãe antes do sepultamento clandestino. O Conselho Tutelar foi acionado para cuidar das crianças.
Versão da overdose e abordagem policial
De acordo com a polícia, Cleófas contou aos familiares que a esposa morreu por overdose de álcool. A filha do casal procurou os militares para relatar o caso. Enquanto os policiais acompanhavam a jovem até a casa da família, ela reconheceu o carro do pai e pediu que ele fosse abordado.
Ele estava nervoso e manteve a versão inicial da overdose e da remoção do corpo por uma funerária, sem velório ou sepultamento. Diante das inconsistências, os policiais o acompanharam até a residência.
Confissão do crime e localização do corpo
No local, o homem confessou que matou a esposa há cerca de 20 dias, após uma briga. Ele relatou ter ficado 24 horas com o corpo dentro de casa antes de enterrá-lo. O suspeito indicou o local do sepultamento para os policiais.
Os Bombeiros localizaram o corpo no local indicado. A remoção foi feita pelo Instituto Médico Legal (IML), com acompanhamento da perícia. As crianças ficaram sob responsabilidade de uma testemunha até a chegada de um familiar.
Antecedentes e andamento do caso
Maysa Cardoso tinha histórico de sofrer violência doméstica antes de ser morta. Cleófas Rodrigues foi levado para a Unidade Prisional de Gurupi após a prisão. O caso é investigado pela 3ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Gurupi). O g1 não conseguiu contato com a defesa do preso.
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