PF apreende avião, carros de luxo e aplica 14 mandados em operação contra falsos Mounjaro
Operação da Polícia Federal mira esquema de venda de medicamentos falsificados para emagrecimento em quatro estados.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (27) uma operação contra um esquema de falsificação e venda irregular do medicamento Mounjaro, usado para emagrecimento. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
Entre os bens apreendidos estão um avião, carros de luxo e valores em espécie. A operação investiga um grupo suspeito de aplicar golpes na comercialização do remédio, que tem registro proibido para emagrecimento pela Anvisa no Brasil.
Alvo de luxo e grande alcance nas redes
Um dos principais alvos da operação é o médico Giovanni de Souza Silva, que atende em uma mansão na Região dos Lagos (RJ) e possui mais de 750 mil seguidores nas redes sociais. A PF investiga seu envolvimento no esquema de comercialização dos medicamentos falsos.
As investigações apontam que o grupo atuava na venda do Mounjaro falsificado, explorando a alta demanda por medicamentos para emagrecimento. O produto original é registrado apenas para tratamento de diabetes.
Contexto legislativo e operações relacionadas
Paralelamente à operação, encontra-se parado na Câmara dos Deputados o projeto de lei que criaria o cadastro de grandes devedores da União. A proposta tem como objetivo inibir esquemas de sonegação fiscal e fraudes, mas segue sem avançar no Congresso Nacional.
Em coletiva de imprensa, a PF detalhou os objetivos da operação, que também mira o Grupo Refit, envolvendo o empresário Ricardo Magro. As investigações buscam desarticular completamente a rede de falsificação e distribuição irregular de medicamentos.
Impacto e próximos passos
Os mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal. A PF deve encaminhar o relatório final das investigações ao Ministério Público Federal nas próximas semanas, que decidirá sobre denúncias contra os investigados.
A operação conta com o apoio de peritos criminais e da Receita Federal para análise dos produtos apreendidos e do movimento financeiro do grupo investigado.
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