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Motorista processa banco por danos após devolver R$ 131 milhões recebidos por erro

Motorista processa banco por danos após devolver R$ 131 milhões recebidos por erro

Homem teve prejuízos financeiros e sofreu pressão psicológica após transferência equivocada em 2023

admin
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26 de novembro de 2025 ·

Antônio Pereira do Nascimento, motorista de 25 anos como cliente do Bradesco, aguarda na 6ª Vara Cível de Palmas o desfecho de ação que pede indenização de R$ 13,1 milhões ao banco. O valor corresponde a 10% dos R$ 131.870.227,00 transferidos por engano para sua conta em junho de 2023 e devolvidos integralmente pelo trabalhador.

O processo, baseado no artigo 1.234 do Código Civil sobre restituição de coisa encontrada, tramita há um ano e quatro meses. As testemunhas já foram indicadas por ambas as partes e aguarda-se a designação de audiência de instrução.

Consequências da devolução

Após comunicar espontaneamente o erro à instituição financeira, Antônio enfrentou cobrança de tarifas VIP referentes ao montante milionário. "Descontaram R$ 70 da minha conta porque me colocaram no 'VIP'. O dinheiro não era meu", relatou o motorista em 2023.

Ele também sofreu pressão psicológica do gerente do banco para realizar a devolução e teve prejuízos com deslocamentos até a agência. "Gastei petróleo, andei no meu carro, perdi meu dia de serviço", explicou.

Repercussão nacional

O caso ganhou dimensão nacional quando Antônio participou do quadro "Acredite Se Quiser" do Domingão com Luciano Huck em agosto de 2023. Pai de quatro filhos e avô de 14 netos, o motorista brincou sobre a situação: "Nunca vi um dinheiro desse na minha vida e não consigo nunca na minha vida, só se ganhar na Mega-Sena".

O Bradesco, questionado pelo g1, limitou-se a informar que não comenta casos sub judice. A defesa de Antônio afirma que não houve nenhuma oferta de acordo por parte da instituição bancária.

Andamento processual

Segundo os advogados do motorista, "o processo está avançando dentro dos trâmites previstos pelo sistema judicial brasileiro". O banco já apresentou contestação e a respectiva réplica foi protocolada pela parte autora.

As testemunhas arroladas deverão esclarecer detalhes sobre a transferência equivocada e os desdobramentos posteriores, incluindo a pressão exercida pelo banco para a devolução dos valores.

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