Governo do Tocantins cobra devolução de R$ 1,4 milhão pagos indevidamente pelo Igeprev
Sistema manual anterior causou pagamentos duplicados e retroativos a segurados da previdência estadual
O Governo do Tocantins anunciou nesta segunda-feira (26) a cobrança de R$ 1.415.478,03 pagos indevidamente a segurados do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev). Os valores foram identificados em 426 processos administrativos abertos para recuperação dos recursos.
As informações foram divulgadas pelo governador em exercício Laurez Moreira (PSD) durante coletiva de imprensa. Segundo ele, os problemas ocorreram devido ao sistema anterior de folha de pagamento, que funcionava de forma manual.
Problemas no sistema anterior
A presidente do Igeprev, Bárbara Mendes, explicou que o sistema manual gerava pagamentos duplicados e retroativos muito acima do devido. "Parametrizamos o sistema para automatizar tudo, fizemos mudanças na equipe, abrimos sindicâncias e instauramos 426 processos para recuperar valores pagos indevidamente", afirmou.
Mendes destacou que a primeira medida foi "estancar o problema" e agora a fase é de "corrigir e cobrar o que foi pago a mais". Todos os envolvidos já foram notificados para fazer a devolução dos valores.
Outras medidas anunciadas
Durante a coletiva, Laurez Moreira revelou que foram identificados contratos caros relacionados a estudos atuariais da previdência, alguns ultrapassando R$ 5 milhões. Esses contratos foram cancelados e substituídos por novos serviços, embora o valor dos novos acordos não tenha sido divulgado.
O governo também informou que o Igeprev deve receber cerca de R$ 300 milhões do INSS referentes a processos de compensação previdenciária que estavam para vencer. "Fomos buscar o que o Igeprev tinha para receber e descobrimos uma dívida a nosso favor", explicou Moreira.
Mudanças na previdência
Atualmente, a previdência estadual é dividida em dois fundos: os aposentados que entraram antes de 2012 são pagos diretamente pelo Estado, enquanto quem entrou depois contribui com outro fundo que, segundo Laurez, "é mais equilibrado financeiramente".
O governo anunciou ainda que vai operar empréstimos consignados para ampliar a rentabilidade e oferecer taxas menores aos servidores. O g1 solicitou posicionamento ao governador Wanderlei Barbosa sobre os pagamentos indevidos, mas não obteve resposta até a última atualização.
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