Empresário é assassinado a tiros em Darcinópolis e família destaca dedicação ao trabalho
Crime ocorreu no último sábado e dois homens foram presos momentos após o homicídio na região norte do estado.
O empresário Silvano Bilio da Silva, de 47 anos, foi assassinado a tiros no último sábado (29) em Darcinópolis, cidade localizada no norte do Tocantins. Dono de uma loja de materiais de construção, ele foi abordado por atiradores que chegaram de carro na Rua Santa Tereza, atiraram e fugiram do local.
Dois homens foram presos pela Polícia Militar (PM) na BR-153, próximo ao acesso ao município de Riachinho, momentos após a ocorrência. A investigação do caso está a cargo da 31ª Delegacia de Darcinópolis, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Vida dedicada ao trabalho e à família
Natural de Nova Olinda, Silvano Bilio começou a trabalhar na roça com o avô ainda criança e, posteriormente, aprendeu o ofício da marcenaria. Há cerca de sete anos, vendeu a marcenaria que havia montado para adquirir a loja de materiais para construção, onde trabalhava desde 2018 junto com a esposa e os dois filhos mais novos.
Em entrevista ao g1, seu filho, o seminarista João Witor Bilio Flores, de 22 anos, descreveu o pai como um homem de família simples que conseguiu empreender com muito trabalho. "O dia a dia do meu pai sempre era aqui na loja", afirmou o jovem, que estuda Teologia em Brasília (DF).
Últimos momentos e ligação com a igreja
João Witor relatou que conversou com o pai por telefone na manhã do sábado, pouco antes do crime. Na sexta-feira (28), Silvano havia trabalhado o dia todo na loja e, à noite, foi com a esposa para uma reunião de acampamento de casais da igreja em Araguaína. "Minha mãe falou que eles voltaram conversando, sorrindo, falando dos planos para as nossas férias", contou o filho.
A família é muito ligada à Igreja Católica, e Silvano era dedicado aos serviços da paróquia que frequentava. "Meu pai até costumava brincar que lá em casa já estava virando a casa dos padres", relembrou o seminarista, destacando que o pai era um exemplo a ser seguido.
Investigação em andamento
A família afirma não ter informações sobre a motivação do crime. João Witor disse que o pai não devia nada "financeiramente ou moralmente" e que era muito querido na cidade, como demonstrou a missa de corpo presente, que ficou lotada.
A SSP informou que o inquérito policial segue seu curso normal e dentro do prazo previsto em lei, mas não há novas informações que possam ser repassadas no momento.
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