Defesa afirma que foragido por morte de vigia em Palmas pretende se entregar
Advogado alega que suspeito, que tem histórico criminal, não se sente seguro para se apresentar devido à repercussão do caso.
Waldecir José de Lima Júnior, de 40 anos, suspeito de assassinar o vigia Dhemis Augusto Santos, de 35 anos, deve se entregar à polícia após análise de sua defesa. O advogado Zenil Drumond afirmou à TV Anhanguera que o cliente "não se sente seguro para se apresentar devido à grande repercussão" e que será apresentado "no momento adequado".
O crime ocorreu na noite de sábado (29), em um shopping na quadra 203 Sul, em Palmas. Uma discussão sobre uma parada irregular de veículo terminou com Waldecir sacando uma pistola e atirando na barriga de Dhemis, que não resistiu aos ferimentos.
Crime registrado em vídeo e prisão decretada
O circuito interno de monitoramento do shopping registrou toda a ação. As imagens mostram Waldecir gesticulando, sacando a arma da cintura, apontando para o rosto da vítima e efetuando o disparo. Após o crime, ele continuou fazendo ameaças.
A Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito. Na madrugada de domingo (30), policiais encontraram o carro usado no crime, uma Range Rover Evoque, coberto por uma lona dentro da casa de Waldecir, na região central de Palmas. A casa estava vazia, mas foram apreendidas munições no local.
Histórico criminal e uso de arma
Waldecir tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Em 2013, ele foi condenado por porte ilegal de arma em uma churrascaria, após alegar ser policial civil para evitar revista. A pena de dois anos foi convertida em 729 horas de serviços à comunidade.
O registro CAC, em regra, não autoriza o porte de arma em locais públicos, apenas o transporte para locais de treino ou competição, mediante autorização da Polícia Federal.
Defesa alega arrependimento e problemas de saúde
O advogado Zenil Drumond afirmou que seu cliente está arrependido. "Ele infelizmente cometeu uma fatalidade", disse. O defensor também alegou que Waldecir "teve uma crise, ele toma uma medicação, estava em surto" no momento do crime, sem especificar qual condição ou medicamento.
O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP). A Polícia Civil divulgou na segunda-feira (1°) um cartaz com a foto de Waldecir, classificando-o como procurado.
Vítima buscava recomeço no Tocantins
Dhemis Augusto Santos era natural de Sergipe, morou na Bahia e havia se mudado para o Tocantins há cerca de um ano em busca de emprego. Funcionário de uma empresa terceirizada, ele chegou a dormir no escritório da empresa por quatro dias até conseguir alugar uma kitnet.
Segundo Edmilson dos Santos, chefe da empresa, Dhemis era uma pessoa tranquila, educada e estava se estabilizando financeiramente. Entre seus planos estavam tirar a carteira de habilitação e comprar um carro.
A empresa onde trabalhava e o shopping divulgaram notas lamentando o assassinato. O estabelecimento comercial afirmou repudiar qualquer forma de violência.
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